sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Software popular

Olá a todos! Desta vez eu vim aqui escrever não sobre pareceres técnicos não-tão-técnicos, não para falar sobre o meu software que eu, com a devida dignidade, acho rasca (literalmente! é preciso saber fazer uso das novas «expressões» da língua portuguesa!); vim aqui para falar de:

Softwares Populares. Sim. Eu vim aqui tentar dar a minha resposta à questão: como é que softwares abertos como o Firefox se tornam tão populares? E quem diz Firefox, diz GIMP, Maxthon, 7zip, VLC (esse até o meu pai tem instalado e não sabe para que é que o instalou! É tal a desordem...), etc. Então aqui vão as respostas ao que é preciso:

1ª resposta: qualidade. Será isso? Sim, sem dúvida tem uma grande importância... mas existem tantos softwares de qualidade (eu não me estou a referir aos meus!) que acabam por nunca ser conhecidos! Não, sem dúvida que não pode ser só isso.

2ª resposta: publicidade (da gratuita). Isso talvez... um software gratuito quando bem publicitado torna-se popular. Mas se fosse só devido a estas duas respostas, eu e tantos outros não estaríamos agora com imenso trabalho, enquanto mantemos no ar um site com mais de 2000+ visitas/dia, 1000+ downloads/dia, e desenvolvemos furiosamente uma nova versão das nossas aplicações, corrigindo erros, enfim, dando murros no computador porque 2GB de RAM e 2 GHz de CPU não tornam o computador mais rápido? Se acha que é só isto, experimente e quando for o Google nós conversamos.

3ª resposta: uma equipa de desenvolvedores. Isso ajuda, se ajuda! Eu nunca experimentei isso pessoalmente, mas tenho a certeza que tendo gente a ajudar ao desenvolvimento e à publicidade tudo iria ser mais fácil. Claro que tudo tem uma parte menos boa, mas penso que em geral as coisas seriam melhores. Quem obedece a estes três requisitos tem já uma forte probabilidade de «vingar», mas ainda há muitos que ficam para trás. Atenção à primeira resposta! Aqui, a qualidade é crucial. Não vale a pena fazer publicidade de um mau software, e em minha opinião não vale a pena cativar programadores «de fora» se o software ainda não passar de um rascunho. Se não tiver ideias bem estruturadas, se não tiver um «roadmap» then equipa de programadores sim, mas só seus amigos. Se não tiver amigos para convidar a programar (uma coisa é ter amigos, outra coisa é ter amigos que ajudem a programar!), o melhor é fazer o trabalho sozinho - isto na minha opinião, claro.

4ª resposta: uma organização por trás de todo o software. Antes de dizer que esta resposta é plausível ou não, analisemos:
Firefox: O nome completo é Mozilla Firefox. Reparar na Mozilla por trás do Firefox. E lembrar também que o Gecko, o motor do Firefox e dos navegadores baseados neste (por exemplo o Minefield, e o meu Goona Browser que irá chegar daqui a algum tempo), começou por ser originalmente da Netscape e agora é da Mozilla.
GIMP: O GIMP não tem propriamente uma empresa por trás; ele é relativamente conhecido como sendo uma óptima alternativa ao arraial de editores de imagem da Adobe, é bem sucedido e começou no GNU/Linux. Por detrás dele, está um «ajuntamento» de programadores.
Agora comparemos a popularidade e os downloads do Firefox (Mozilla) e do GIMP (GIMP team). Pois...

Sendo assim, eu concluo que:
Para um software aberto se tornar popular precisa de: ser de qualidade (muito importante!); publicidade, ainda que feita pelos utilizadores de forma espontânea e de livre vontade; embora o software possa ser desenvolvido por uma só pessoa, convém muito muito muito que, a certa e determinada altura (você, programador, vai notar quando vai ser a altura certa), se forme uma equipa de desenvolvedores, e para isso é necessário que haja meios para alargar a equipa, para manter a comunicação entre os programadores, espaço para expor ideias e um sítio onde sejam feitos os «announcements» principais - por tudo isto entende-se um fórum e um blogue, pelo menos.
Em relação à empresa por detrás do software/serviço: não é essencial, mas se pelo menos se relacionar com uma associação (ou até mesmo uma empresa), vai ver que as coisas irão mais de vento em popa. Ou talvez não. A escolha é sua.

Fonte: a minha cabeça enquanto ouço a rádio comercial via Web Streaming, streaming esse que ouço através de um programa chamado RadioSure. É grátis :).

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